Movimento 26
de Luvitas
Quem são?
Liderados por
Freden Castle, o Movimento 26 de Luvitas é uma organização política que utiliza
a tática de guerrilha para lutar contra os tapistanos espalhados pelo Império
de Tauron. Eles também atuam na conversão de novos simpatizantes para a causa,
discursando para plebeus em praças públicas de Malpetrim e nos campos para os
camponeses.
O bando é
conhecido por sua ideologia radical, onde os minotauros são o primeiro inimigo
a ser derrotado, mas os nobres e reis antes deles serão os próximos. O preceito
básico do grupo é colocar os plebeus e camponeses no poder político.
Para isso,
eles agem de forma violenta e sem piedade contra os minotauros e qualquer um
ligados ao Império de Tauron, à antiga nobreza ou aos ricos mercadores. Para eles,
todos lucram com o Império, todos são aliados da escravidão e dos grilhões que
aprisionam as pessoas mais pobres.
Histórico
As Guerras
Táuricas consolidaram o início de uma nova era para os reinos no oeste do
continente. A criação do Império de Tauron e o domínio político dos minotauros
de Tapista acabaram com liberdade dos povos artonianos, mesmo daqueles não
invadidos geograficamente, pois passaram a viver sob a ameaça de uma nova onda
expansionista tapistana.
Entretanto,
existem aqueles que consideraram essa expansão uma benção. Cansados de viver à
própria sorte, largados e explorados por uma nobreza negligente de seus reinos,
à mercê de monstros, vilões e dependentes da boa vontade de aventureiros e
mercenários, muitos camponeses e citadinos olharam de maneira positiva a
ocupação tapistana. Agora, com estradas melhor patrulhadas, investimentos na infraestrutura
pública das cidades e a segurança garantida nos vilarejos, muitos consideram o
preço a pagar pequeno.
Mas não os
membros deste grupo.
O Movimento 26
de Luvitas surgiu quando um líder chamado Freden Castle e seus colegas, filhos
de prósperos fazendeiros de Hershey, atual Protetorado de Roddenphord, decidiu
dar um basta ao domínio dos minotauros. Influenciados pelas ideias de liberdade,
estes jovens gozavam de uma vida confortável financeiramente. Mas entendiam que
a dominação tapistana trazia mais medo e insegurança para os mais pobres,
obrigados a trabalhar mais e mais, fruto da esdrúxula filosofia da “lei do mais
forte” e pela proteção que nada mais era uma forma de cercear a liberdade. E
também havia o constante temor da escravidão.
Reunidos em um
templo abandonado do Panteão, na capital, os homens de Freden então, fundaram o
grupo com o intuito de lutar contra os minotauros de Tapista e sua opressão. Como bandeira, escolheram a simplicidade, um retângulo dividido entre o vermelho (a cor da revolução) e azul (a cor principal do reino de Hershey) com as letras M-26-L no centro. O
começo dessa luta foi investir pesadamente contra a atual herdeira da antiga
família real de Hershey e colaboradora dos minotauros, Almond.
No dia 26 de
Luvitas, o bando atacou a fazenda de Almond, a mais rica do reino, e roubou
diversas armas do quartel dos minotauros. O ataque foi bem sucedido, pois fora
durante um levante de escravos, liderados por Razthus Quebra-Muros onde as
forças militares estavam focadas em tentar contê-los. O bando matou sargentos
minotauros que ficaram no quartel e alguns outros colaboradores humanos. Ouro também
fora roubado para financiar as atividades do grupo.
Entretanto, o
grupo tinha severas limitações, pois eles viviam em uma ilha. Mas tudo mudou
quando Izzy Tarante, a pirata do Mar Negro e conhecida opositora dos
minotauros, aportou para levar os ex-escravos rebelados de Razthus. Em um
encontro secreto, Freden Castle e seus companheiros acordaram em pagar sua
passagem para o continente para continuar sua luta. Razthus Quebra-Muros foi
convidado a integrar o grupo, mas ele recusou, por ter algumas divergências sobre
o que deveria ser feito.
Afinal, o
Movimento 26 de Luvitas tinha ideias muito radicais que Razthus não possuía
sintonia no momento. Freden e seus companheiros queriam o fim do domínio
tapistano imperialista sobre os reinos do oeste. Mas não queriam que as coisas
voltassem como era antes, com os camponeses sob o jugo arbitrário de nobres,
ricos comerciantes decidindo quem passaria fome ou não, muito menos viver sob a
ameaça de monstros e a dependência de aventureiros. Eles queriam desenvolver
comunidades controladas pelos próprios camponeses, por aqueles que trabalhavam.
Sem nobres, nem senhores.
O grupo não
possuía muitos recursos e era pouco numeroso. Até que em meados de 1409 tudo
mudou. Halder Guevan, um bardo de Sallistick encontrou o grupo em seu esconderijo
em Malpetrim. Carismático e inspirador, Halder era também um médico de
Sallistick com uma inquietação no coração: queria evitar que as pessoas
sofressem. No começo, sendo médico, ele achava que faria alguma diferença no
mundo curando as feridas dos mais necessitados. Mas percebeu que tinha lutar
para evitar o surgimento das feridas. Ele deveria abalar a estrutura política,
social e econômica que produzia a pobreza, a fome, miséria e a tirania dos mais
fortes.
Estudioso,
Halder Guevan descobriu em Malpetrim, a cidade livre no meio do Império, uma forma
de começar a seguir seus ideais. E, na Estalagem do Macaco Caolho Empalhado,
ele conheceu Freden. Uma forte aliança e amizade começaram naquele dia.
Com seus
discursos inflamados nos campos de planteio, Halder conseguiu angariar muitos
simpatizantes. As autoridades tapistanas passaram a prestar mais atenção no
Movimento 26 de Luvitas graças a Halder. Entretanto, mesmo o governo de
Malpetrim os considera radicais demais. Portanto, perseguições de ambos os
lados se tornaram frequentes.
Mesmo assim,
hoje o bando Movimento 26 de Luvitas conta com muitos simpatizantes que atuam
ativamente no treinamento militar (e também com magia arcana, mas nunca divina)
em acampamentos escondidos por Petrynia. Outros membros ativos, mas ocultos,
atuam em Malpetrim negociando com outros grupos anti-imperialistas, com
discursos pontuais em praças, distribuindo panfletos para os trabalhadores nas
guildas e no campo.
Objetivos
O Movimento 26
de Luvitas deseja acabar com o domínio dos minotauros de tapista sobre os
reinos do oeste. Este é o primeiro objetivo, mas que não se descola do objetivo
principal que é o fim da opressão sobre o camponês e o plebeu das cidades.
Enquanto
discursam contra os tapistanos, Halder e Freden também debatem sobre a
necessidade de ir além. Nem tapistanos, nem os antigos nobres no poder. Para
eles, todo poder tem que ser dos plebeus e dos camponeses.
Membros
Freden Castle (humano, nobre 8, CB) é o
fundador do grupo, o idealizador que converteu seus amigos filhos de
fazendeiros da antiga Hershey. Um líder nato que sabe usar as palavras nas
horas certas e nos momentos certos. Tem cabelos negros e cultiva uma enorme
barba.
Rayl Castle (humano, mago 8, CB) é irmão de
Freden, uma pessoa menos carismática, responsável por toda a estratégia de
ataques aos órgãos públicos tapistanos. Ele tem um ódio especial por
minotauros. É mais alto que o irmão, apesar de ser mais novo, tem cabelos
cumpridos e um cavanhaque enorme.
Kamil Fortress (humano, swashbuckler 6/ladino
2, CB) é um dos comandantes de Freden, responsável pela panfletagem geral, pela
logística e mobilidade dos acampamentos militares. É um homem mulherengo, mas
muito devotado à causa. Kamil é loiro com barba por fazer, porte atlético.
Dianne (humana, lutadora 8, NB) é a única
mulher dirigente do grupo, especializada em combate desarmado. Era uma escrava em
Hershey que fugiu com Razthus e decidiu aderir ao Movimento por encontrar uma
oportunidade de ir além das lutas contra os minotauros, lembrando que assim
como plebeus e camponeses são oprimidos, as mulheres são oprimidas pelos homens.
É responsável por atrair a simpatia das mulheres para a causa, demonstrando que
o novo mundo que o Movimento 26 de Luvitas.
Halder pode ser
considerado o membro mais importante do grupo, a melhor aquisição. Aquele que
ampliou a luta para todos os reinos dominados. Bom combatente, estrategista e
muito carismático, o nativo de Sallistick carrega consigo a objetividade de
seus sonhos: um mundo justo com igualdade entre as classes sociais. Foi dele
também a ideia de não envolver a crença em deuses no primeiro momento, para
tentar focar nas atividades do mundo material. Durante suas andanças, encontrou
seus equipamentos mágicos que o caracterizam, a espada longa chamada Liberdade e o camisão de cota de malha
mágico. Halder veste sempre uma jaqueta e calças largas esverdeadas e usa
constantemente uma faixa vermelha na cabeça cobrindo sua testa. Tem cabelos
negros, descuidados, barba completa, exceto pela ausência de bigode.
Halder Guevan: humano Bardo 4/Guerreiro 4/Guerrilheiro
3, CB; ND 11; Médio, desl. 12m; PV 75; CA 27 (+5 níveis, +3 Des, +8 armadura,
+1 Esquiva); corpo-a-corpo: Liberdade
+17 (1d8+13, 19-20) ou +19 (1d8+15+2d6 19-20 contra humanoides); hab. conhecimento
de bardo, música de bardo, técnicas de luta, ataque ligeiro (+3m), contra todas
as chances +1, desgastar; Fort +10, Refl +11, Vont +10; For 16, Des 16, Cons 14,
Int 16, Sab 14, Car 20.
Perícias & Talentos: Atletismo +17,
Atuação (oratória) +23, Conhecimento (história) +17, Conhecimento (geografia)
+17, Diplomacia +19, Cura +20, Intimidação +19, Furtividade +17, Intuição +16, Sobrevivência
+16, Percepção +16; Usar Armas (simples e marciais), Usar Armaduras (leves),
Usar Escudos, Reflexos Rápidos, Vontade de Ferro, Fortitude Maior, Médico Nato
(regional), Autônomo, Magia em Combate, Esquiva, Mobilidade, Ataque em
Movimento, Foco em Arma (espada longa), Especialização em Arma (espada longa),
Heroísmo Rotineiro, Foco em Perícia (Atuação), Foco em Perícia (Cura).
Magias de Bardo Conhecidas: 0 – detectar magia,
luz, mensagem, purificar alimentos; 1 – comandar, criar água, desespero,
armadura arcana, mísseis mágicos, alarme, detectar o mal/bem/caos/ordem,
retirada estratégica; 2 – detectar pensamentos. PM: 12. CD 15 + nível da magia.
Músicas de Bardo: Fascinar,
sugestão, inspirar coragem, melodia revigorante (na forma de discursos).
Equipamento: Liberdade (espada longa
+3 anti-humanoide), camisão de cota
de malha +4, vozes da rebelião.
Os membros
principais se reúnem de tempos em tempos para traçar estratégias e os rumos do
Movimento, mas sempre tentando levar as demandas do campesinato e dos plebeus
da cidade para debater. Quando não estão juntos, cada um carrega uma voz da rebelião (Guerras Táuricas, pág.
67), item mágico importante para a comunicação entre as células revolucionárias.
Curiosamente, membros de outras raças não-humanas são raros (mas não há qualquer limitação ou proibição dos dirigentes sobre o assunto). Em sua maioria são elfos fugidos, mas mesmo eles são bem poucos. Alguns goblins e lefou, por já viverem em sua maioria à margem da sociedade, também encontraram no Movimento 26 de Luvitas uma forma de buscar justiça.
Atuações
recentes
Os
grandes feitos do Movimento 26 de Luvitas no começo, antes de Halder aparecer,
eram atacar órgãos públicos tapistanos para angariar recursos e atacar pequenas
patrulhas pelas estradas mais ermas, para juntar armamentos. Depois de Halder,
com a criação de células revolucionárias, o grupo centraliza suas atividades na
conversão das pessoas comuns, sejam plebeus ou campesinos, e no treinamento de
novos recrutas.
O
grupo está focado no momento em crescer, mas não abdicou de ataques diretos,
como também forma de treinamento.
Halder
tentava contato com Razthus para recrutá-lo, mas seu recente envolvimento com o
paladino Mark Silver, membro do Conselho Regente da Cidade de Malpetrim,
afastou um pouco essa possibilidade. Afinal, o próprio Mark Silver autorizou a
prisão de alguns membros do Movimento 26 de Luvitas e parece
desaprovar as atitudes e ideologias do grupo.
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