Ninguém Pode Comigo
Neste tomo
será apresentado um personagem do mestre (PdM ou NPC) com seu histórico,
personalidade, aparência e ficha em TRPG, pronto para ser usado nas campanhas.
Seja como antagonista, como aliado ou apenas um informante.
A maior parte
dos personagens terá poucas nuances de cinza em suas moralidades e ética,
devido ao sistema D20 possuir a estrutura de Tendências. Entretanto, seja
criativo, mesmo um personagem obviamente maligno pode ser usado como aliado em
determinado momento, bem como um paladino de Khalmyr pode ser um bom
antagonista.
O primeiro
N(inguém) P(ode) C(omigo) será um personagem muito querido meu, que usei em algumas campanhas há vários anos.
Max
Reilly
“Você é bom,
mas não vale o fio da minha espada. Meus punhos darão conta.”
- Max Reilly, ao enfrentar um adversário inadvertido.
As Montanhas
Sanguinárias são um reduto de monstros e tribos selvagens. A escaramuça é a constância
no lugar. A vida humana como conhecemos não consegue prosperar em meio a
dragões, quimeras, ogros, gigantes e outros monstros.
Mas os Holok
são uma exceção.
Suas antigas
lendas diziam que eles eram descendentes do próprio Keenn, o deus da guerra. Fortes,
brutais, extremamente violentos. Eles comiam os cadáveres dos monstros
derrotados e bebiam o sangue de seus inimigos. Sua agressividade era lendária
nas regiões mais civilizadas próximas das Montanhas Sanguinárias, até mesmo as tribos
bárbaras de lá não podiam lidar com tamanha monstruosidade.
Entretanto,
sob a lei do mais forte, os Holok foram subjugados por um imenso dragão
vermelho, Pelendralar. Antigo e conhecido por ter sido rival do próprio Sckhar,
este monstro tinha planos de expansão e dominação nas regiões próximas ao reino
do Rei dos Dragões Vermelhos. Em longo prazo, pretendia entrar em conflito com
seu nêmese com um poderoso exército. E os Holok cumpriam bem o papel de
soldados poderosos. Ele demorou um pouco, mas conseguiu a lealdade dessa raça
bélica, filhos de Keenn.
Entretanto, os
Holok estavam interessados em crescer e desenvolver seus melhores guerreiros
para, um dia, derrotar Pelendralar. Xamãs profetizavam que um poderoso
guerreiro Holok nasceria com o destino de destruir Pelendralar. Era o mito do
Grão-Holok surgindo nas crenças dessa tribo.
Eventualmente,
o dragão vermelho ficou sabendo dessa profecia. Ele mesmo fez pesquisas e
descobriu a verdade. Temendo ser derrotado um dia, ele decidiu que não valeria
a pena manter os Holok como subordinados. E decidiu exterminá-los.
Em apenas um
dia, uma sociedade tribal inteira desapareceu sem deixar nenhum vestígio.
Mas um bebê e
seu pai sobreviveram.
Dentro de um
rudimentar cesto, o bárbaro atravessou o continente fugindo de Pelendralar.
Entretanto, ele estava paranoico, uma vez que o dragão vermelho achava ter
eliminado todos os Holoks. Mas ele acabou morrendo insano na entrada de uma
vila humana em Petrynia. O bebê sobreviveu e foi encontrado por Jonatas Reilly,
possuindo apenas um manto escuro e um amuleto tribal, o símbolo dos Holok. E
assim, nasceu Max Reilly, criado por Jonatas Reilly, ex-aventureiro e ferreiro
da vila.
Max era uma
criança rebelde que tinha uma força incrível. Em suas confusões, até mesmo
batia em crianças e até adultos. Quando fez 18 anos, sua vila fora atacada por
orcs das montanhas e ele se juntou aos milicianos para defender sua terra.
Lutou com feracidade e foi acometido por uma fúria ancestral, melhorando suas capacidades
de luta e diminuindo seu controle. Essa falta de noção o fez acabar matando seu
próprio pai adotivo.
No fim, a vila
fora salva, mas não para Max. Sentindo-se culpado, ele decidiu viajar pelo
mundo com a arma e armadura de seu pai em busca de um lugar no mundo.
Max se tornou
um mercenário, vendendo suas habilidades com a espada para quem pudesse pagar
mais. Tinha poucos escrúpulos, atacou desde bandidos até nobres. Saqueou e
matou por tibares, mas tinha alguns limites, pois não era chegado à crueldade.
Devido ao seu
talento nato pela batalha, ele se tornou um pouco arrogante. Quando enfrentava
inimigos visivelmente mais fracos, ele costumava usar apenas os punhos para
lutar, sem tocar em sua grande espada de lâmina larga. Certa vez ganhou
notoriedade em uma cidade quando derrotou um ogro descontrolado usando apenas
as mãos.
Max tem o
gosto pela batalha e descobriu que não era uma pessoa normal. Através de suas
andanças ele entrou para a companhia mercenária Dentes Afiados, em Portsmouth. O
líder era Nick Logan, um homem poderoso e orgulhoso por ser o filho do antigo
chefe dos Holok, a tribo bárbara mais selvagem das Montanhas Sanguinárias. Nick
ostentava o mesmo amuleto que Max possuía quando foi encontrado bebê por seu
pai adotivo.
Então, começou
uma rivalidade. Ao descobrir ser membro de uma tribo extinta de guerreiros que
se julgavam descendentes de Keenn, Max passou a praticar com mais afinco para
se tornar melhor que Nick. Até que durante uma briga corriqueira em uma
taverna, ambos se desafiaram com seriedade. Max o venceu, mas quase morrera no
processo.
Expulso da
companhia mercenária, Max desistiu da carreira de mercenário e decidiu se unir
a outras pessoas exóticas com passados distintos. De mercenário a aventureiro,
Max viveu mais uma década em diversas lutas contra tiranos, monstros terríveis
e até mesmo a Tormenta. Ganhou alguma notoriedade e fortuna.
E Keenn, na
distante Werra, enxergou Max e o premiou como seu Campeão. Max, então, assumiu
a alcunha de Grão-Holok e decidiu que gostava de ser um herói e levaria a
guerra a todos os vilões e monstros do mundo. A começar por Pelendralar, o
pretendente a rival de Sckhar.
Entretanto, o
dragão vermelho havia desaparecido.
Intrigado, Max
buscou em todos os cantos o inimigo ancestral de sua tribo. E acabou
descobrindo, sem querer, o Torneio do Deus do Duelo. Diversos participantes,
combatentes, com o intuito de testar suas habilidades, onde o campeão se
tornaria um Deus Menor, o único caso de divindade ganha como prêmio.
Max encontrou
mais um sentido em sua vida. Desenvolver seus poderes e suas habilidades. Enquanto
se aventura por Arton, Max se prepara para disputar o Torneio do Deus do Duelo,
acreditando que também poderá encontrar informações sobre o paradeiro de
Pelendralar.
Max Reilly: humano Campeão de Keenn, Bárbaro
1/Guerreiro 15, CB; ND 18; Médio, desl. 9m; PV 227; CA 36 (+8 níveis, +3 Des,
+11 armadura, +4 Campeão); corpo-a-corpo: espada grande de adamante maciço +4 +32
ou +27/+27 (3d6+37, 16-20/x3) ou ataque desarmado +26 (1d4+18, x2); hab. fúria 1/dia, movimento rápido, imune a medo;
Desvantagem: cabeça quente; Fort +19, Refl +13, Vont +9; For 30, Des 18, Cons
24, Int 10, Sab 9, Car 12.
Perícias & Talentos: Atletismo +29,
Iniciativa +23, Intimidação +24, Percepção +18, Sobrevivência +18, Cavalgar +23,
Atuação (exibição de combate) +20; Aventureiro Nato (regional), Ataque
Desarmado Aprimorado, Foco em Arma (espada grande), Ataque Poderoso, Golpe com
Duas Mãos, Conhecimento de Posturas, Conhecimento de Golpes x3, Acerto Crítico
Aprimorado (espada grande), Especialização em Arma (espada grande), Foco em
Arma Aprimorado (espada grande), Especialização em Arma Aprimorada (espada
grande), Grito de Poder, Ataque Poderoso Aprimorado, Ataque Duplo (espada grande),
Alcance Supremo, Duro de Matar, Surto Heroico, Reflexos de Combate, Foco em
Perícia (Intimidação), Duro de Ferir, Vitalidade, Domínio da Destruição.
Posturas: pata do leopardo, espírito tenaz.
Golpes: ataque em arco, aparar ataque
corpo-a-corpo, degolar, pancada com pomo, fôlego concentrado, pancada pesada.
Gritos: sanguinolência, cicatrizar.
Equipamento: espada grande de adamante maciço +4, armadura de
batalha de mitral +3, cinto de força +2.
Táticas de Combate:
Max utiliza
sempre sua postura da Pata do Leopardo, aumentando seu acerto para +34 ou
+29/+29 com Ataque Duplo, pois não se preocupa muito com suas defesas. Ele
gosta de usar o combo da pancada pesada contra um adversário adjacente, o
afastando. Como ele tem Alcance Supremo, o movimento do inimigo gera ataque de
oportunidade, dando a ele a chance de mais um golpe (podendo ser até três, se
usar Ataque Duplo).
Dessa forma,
quando quer usar tudo que tem, ele entra em fúria, aumentando seus ataques para
+36 ou +31/+31 e danos para 3d6+39. Usa Ataque Duplo em combinação com Ataque
Poderoso Aprimorado (ou o normal, caso o inimigo tenha muita CA), indo para
+27/+27 e dano 3d6+47. No último golpe, ele usa também o pancada pesada,
afastando o inimigo e dando-lhe um ataque de oportunidade (ele pode repetir
esse processo mais 3 vezes, graças ao Reflexos de Combate e a sua Destreza 18).
Assim, nesse ataque de oportunidade, Max usa o degolar com crítico 15-20/x4. Se
acertar, ele ainda usa o Grito de Poder sanguinolência para aumentar o multiplicador
para x5.
Se a fúria o
exaurir, ele usa fôlego concentrado para se recuperar.
Se estiver
muito ferido, sofrido muito dano, Max altera sua postura para o Espírito Tenaz
para recuperar 7 PVs por rodada, no máximo 16 rodadas, enquanto usa o Grito
cicatrizar ganhando cura acelerada 4 pelo número de rodadas de fúria que lhe
resta.
Um comentário:
Excelente NPC
Parabéns
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