terça-feira, 15 de setembro de 2015

NPC #01

Ninguém Pode Comigo
Neste tomo será apresentado um personagem do mestre (PdM ou NPC) com seu histórico, personalidade, aparência e ficha em TRPG, pronto para ser usado nas campanhas. Seja como antagonista, como aliado ou apenas um informante.
A maior parte dos personagens terá poucas nuances de cinza em suas moralidades e ética, devido ao sistema D20 possuir a estrutura de Tendências. Entretanto, seja criativo, mesmo um personagem obviamente maligno pode ser usado como aliado em determinado momento, bem como um paladino de Khalmyr pode ser um bom antagonista.
O primeiro N(inguém) P(ode) C(omigo) será um personagem muito querido meu, que usei em algumas campanhas há vários anos.

Max Reilly

“Você é bom, mas não vale o fio da minha espada. Meus punhos darão conta.”
- Max Reilly, ao enfrentar um adversário inadvertido.

As Montanhas Sanguinárias são um reduto de monstros e tribos selvagens. A escaramuça é a constância no lugar. A vida humana como conhecemos não consegue prosperar em meio a dragões, quimeras, ogros, gigantes e outros monstros.
Mas os Holok são uma exceção.
Suas antigas lendas diziam que eles eram descendentes do próprio Keenn, o deus da guerra. Fortes, brutais, extremamente violentos. Eles comiam os cadáveres dos monstros derrotados e bebiam o sangue de seus inimigos. Sua agressividade era lendária nas regiões mais civilizadas próximas das Montanhas Sanguinárias, até mesmo as tribos bárbaras de lá não podiam lidar com tamanha monstruosidade.
Entretanto, sob a lei do mais forte, os Holok foram subjugados por um imenso dragão vermelho, Pelendralar. Antigo e conhecido por ter sido rival do próprio Sckhar, este monstro tinha planos de expansão e dominação nas regiões próximas ao reino do Rei dos Dragões Vermelhos. Em longo prazo, pretendia entrar em conflito com seu nêmese com um poderoso exército. E os Holok cumpriam bem o papel de soldados poderosos. Ele demorou um pouco, mas conseguiu a lealdade dessa raça bélica, filhos de Keenn.
Entretanto, os Holok estavam interessados em crescer e desenvolver seus melhores guerreiros para, um dia, derrotar Pelendralar. Xamãs profetizavam que um poderoso guerreiro Holok nasceria com o destino de destruir Pelendralar. Era o mito do Grão-Holok surgindo nas crenças dessa tribo.
Eventualmente, o dragão vermelho ficou sabendo dessa profecia. Ele mesmo fez pesquisas e descobriu a verdade. Temendo ser derrotado um dia, ele decidiu que não valeria a pena manter os Holok como subordinados. E decidiu exterminá-los.
Em apenas um dia, uma sociedade tribal inteira desapareceu sem deixar nenhum vestígio.
Mas um bebê e seu pai sobreviveram.
Dentro de um rudimentar cesto, o bárbaro atravessou o continente fugindo de Pelendralar. Entretanto, ele estava paranoico, uma vez que o dragão vermelho achava ter eliminado todos os Holoks. Mas ele acabou morrendo insano na entrada de uma vila humana em Petrynia. O bebê sobreviveu e foi encontrado por Jonatas Reilly, possuindo apenas um manto escuro e um amuleto tribal, o símbolo dos Holok. E assim, nasceu Max Reilly, criado por Jonatas Reilly, ex-aventureiro e ferreiro da vila.
Max era uma criança rebelde que tinha uma força incrível. Em suas confusões, até mesmo batia em crianças e até adultos. Quando fez 18 anos, sua vila fora atacada por orcs das montanhas e ele se juntou aos milicianos para defender sua terra. Lutou com feracidade e foi acometido por uma fúria ancestral, melhorando suas capacidades de luta e diminuindo seu controle. Essa falta de noção o fez acabar matando seu próprio pai adotivo.
No fim, a vila fora salva, mas não para Max. Sentindo-se culpado, ele decidiu viajar pelo mundo com a arma e armadura de seu pai em busca de um lugar no mundo.
Max se tornou um mercenário, vendendo suas habilidades com a espada para quem pudesse pagar mais. Tinha poucos escrúpulos, atacou desde bandidos até nobres. Saqueou e matou por tibares, mas tinha alguns limites, pois não era chegado à crueldade.
Devido ao seu talento nato pela batalha, ele se tornou um pouco arrogante. Quando enfrentava inimigos visivelmente mais fracos, ele costumava usar apenas os punhos para lutar, sem tocar em sua grande espada de lâmina larga. Certa vez ganhou notoriedade em uma cidade quando derrotou um ogro descontrolado usando apenas as mãos.
Max tem o gosto pela batalha e descobriu que não era uma pessoa normal. Através de suas andanças ele entrou para a companhia mercenária Dentes Afiados, em Portsmouth. O líder era Nick Logan, um homem poderoso e orgulhoso por ser o filho do antigo chefe dos Holok, a tribo bárbara mais selvagem das Montanhas Sanguinárias. Nick ostentava o mesmo amuleto que Max possuía quando foi encontrado bebê por seu pai adotivo.
Então, começou uma rivalidade. Ao descobrir ser membro de uma tribo extinta de guerreiros que se julgavam descendentes de Keenn, Max passou a praticar com mais afinco para se tornar melhor que Nick. Até que durante uma briga corriqueira em uma taverna, ambos se desafiaram com seriedade. Max o venceu, mas quase morrera no processo.
Expulso da companhia mercenária, Max desistiu da carreira de mercenário e decidiu se unir a outras pessoas exóticas com passados distintos. De mercenário a aventureiro, Max viveu mais uma década em diversas lutas contra tiranos, monstros terríveis e até mesmo a Tormenta. Ganhou alguma notoriedade e fortuna.
E Keenn, na distante Werra, enxergou Max e o premiou como seu Campeão. Max, então, assumiu a alcunha de Grão-Holok e decidiu que gostava de ser um herói e levaria a guerra a todos os vilões e monstros do mundo. A começar por Pelendralar, o pretendente a rival de Sckhar.
Entretanto, o dragão vermelho havia desaparecido.
Intrigado, Max buscou em todos os cantos o inimigo ancestral de sua tribo. E acabou descobrindo, sem querer, o Torneio do Deus do Duelo. Diversos participantes, combatentes, com o intuito de testar suas habilidades, onde o campeão se tornaria um Deus Menor, o único caso de divindade ganha como prêmio.
Max encontrou mais um sentido em sua vida. Desenvolver seus poderes e suas habilidades. Enquanto se aventura por Arton, Max se prepara para disputar o Torneio do Deus do Duelo, acreditando que também poderá encontrar informações sobre o paradeiro de Pelendralar.

Max Reilly: humano Campeão de Keenn, Bárbaro 1/Guerreiro 15, CB; ND 18; Médio, desl. 9m; PV 227; CA 36 (+8 níveis, +3 Des, +11 armadura, +4 Campeão); corpo-a-corpo: espada grande de adamante maciço +4 +32 ou +27/+27 (3d6+37, 16-20/x3) ou ataque desarmado +26 (1d4+18, x2); hab. fúria 1/dia, movimento rápido, imune a medo; Desvantagem: cabeça quente; Fort +19, Refl +13, Vont +9; For 30, Des 18, Cons 24, Int 10, Sab 9, Car 12.
Perícias & Talentos: Atletismo +29, Iniciativa +23, Intimidação +24, Percepção +18, Sobrevivência +18, Cavalgar +23, Atuação (exibição de combate) +20; Aventureiro Nato (regional), Ataque Desarmado Aprimorado, Foco em Arma (espada grande), Ataque Poderoso, Golpe com Duas Mãos, Conhecimento de Posturas, Conhecimento de Golpes x3, Acerto Crítico Aprimorado (espada grande), Especialização em Arma (espada grande), Foco em Arma Aprimorado (espada grande), Especialização em Arma Aprimorada (espada grande), Grito de Poder, Ataque Poderoso Aprimorado, Ataque Duplo (espada grande), Alcance Supremo, Duro de Matar, Surto Heroico, Reflexos de Combate, Foco em Perícia (Intimidação), Duro de Ferir, Vitalidade, Domínio da Destruição.
Posturas: pata do leopardo, espírito tenaz.
Golpes: ataque em arco, aparar ataque corpo-a-corpo, degolar, pancada com pomo, fôlego concentrado, pancada pesada.
Gritos: sanguinolência, cicatrizar.
Equipamento: espada grande de adamante maciço +4, armadura de batalha de mitral +3, cinto de força +2.
Táticas de Combate:
Max utiliza sempre sua postura da Pata do Leopardo, aumentando seu acerto para +34 ou +29/+29 com Ataque Duplo, pois não se preocupa muito com suas defesas. Ele gosta de usar o combo da pancada pesada contra um adversário adjacente, o afastando. Como ele tem Alcance Supremo, o movimento do inimigo gera ataque de oportunidade, dando a ele a chance de mais um golpe (podendo ser até três, se usar Ataque Duplo).
Dessa forma, quando quer usar tudo que tem, ele entra em fúria, aumentando seus ataques para +36 ou +31/+31 e danos para 3d6+39. Usa Ataque Duplo em combinação com Ataque Poderoso Aprimorado (ou o normal, caso o inimigo tenha muita CA), indo para +27/+27 e dano 3d6+47. No último golpe, ele usa também o pancada pesada, afastando o inimigo e dando-lhe um ataque de oportunidade (ele pode repetir esse processo mais 3 vezes, graças ao Reflexos de Combate e a sua Destreza 18). Assim, nesse ataque de oportunidade, Max usa o degolar com crítico 15-20/x4. Se acertar, ele ainda usa o Grito de Poder sanguinolência para aumentar o multiplicador para x5.
Se a fúria o exaurir, ele usa fôlego concentrado para se recuperar.

Se estiver muito ferido, sofrido muito dano, Max altera sua postura para o Espírito Tenaz para recuperar 7 PVs por rodada, no máximo 16 rodadas, enquanto usa o Grito cicatrizar ganhando cura acelerada 4 pelo número de rodadas de fúria que lhe resta.

Um comentário:

Unknown disse...

Excelente NPC
Parabéns